[Coluna da Yasmin] Crítica do filme "Invasão à Casa Branca"

Mike Banning (Gerard Butler) é um dedicado funcionário do serviço secreto americano, que tem por função proteger o presidente Benjamin Asher (Aaron Eckhart) e sua família. Ao levá-los para uma festa de Natal, uma intensa nevasca faz com que o carro em que estão o presidente e sua esposa, Margaret (Ashley Judd), sofra um acidente. Mike consegue salvar Benjamin, mas a primeira-dama morre. A partir de então, Mike é deslocado para um serviço burocrático de escritório em Washington, que ele detesta. Dezoito meses depois, a Casa Branca é atacada por terroristas norte-coreanos. Percebendo o pânico na população e o perigo que o presidente corre, Mike segue para a Casa Branca para ajudar no que pode. Com toda a equipe de segurança local dizimada, ele se torna a única esperança dentro da Casa Branca para combater os terroristas e salvar o presidente

Direção: Antoine Fuqua

Elenco: Gerard Butler, Aaron Eckhart, Dylan McDermott (+)

Gênero: Ação/Suspense

(fonte) 

Primeiramente, tenho que fazer alguns esclarecimentos antes que seja interpretada de forma errônea.

1º. Não sou anti- Estados Unidos;

2º. Não estou fazendo aqui nenhuma apologia ao terrorismo.

Bem, esclarecidos os fatos vamos ao filme. Como toda produção hollywoodiana, Invasão à Casa Branca é um filme muito rico em seus efeitos especiais, mostrando o universo da “casa do Presidente” por dentro. Então, pra quem gosta de muita ação carregada de socos, tiros e explosões, este é o filme. Sem contar, é claro com a escolha primorosa do ator, Gerard Buttler.

Bom, assistindo ao filme, me vieram várias indagações. Por que será que os americanos sempre fazem filmes com “terroristas, sendo eles mostrados quase certamente como orientais e/ou mulçumanos? Vocês já viram algum filme retratar terroristas americanos? Por que os Estados Unidos estão sempre no papel de vítima, tendo seus territórios invadidos, tendo as filhas dos seus presidentes sendo sequestradas etc.?

A questão é: não se torna muito “adequado” um país se valer de suas produções cinematográficas (o que, convenhamos, gera muito lucro) para transmitir aquela ideia de nação perfeita, extremamente patriótica, em que o seu líder – o presidente é um homem resignadamente bom e fiel a sua família. Desconfio de todo esse tipo ideal norte-americano.

Bom mesmo seria se também fossem produzidos filmes que mostrem as tropas americanas invadindo o Iraque e matando mulheres e crianças, ou contando a história de Hiroshima e Nagasaki, que foram suprimidas pelo poder de bombas atômicas.

Enfim, o intuito deste post, como mencionei a priori, não é o de condenar os Estados Unidos, muito menos defender os terrorismo mundial. Apenas desejo que se dinamizem as temáticas, de forma que não tenhamos uma visão unilateral, questionar aquilo que é veiculado. Democratizar as temáticas mundiais torna-se muito mais inteligente e interessante a todos nós.

Yasmin Almeida. 23 anos. Estudante de Ciências Sociais na UEMA, amante da boa leitura e sempre ávida por conhecimento. Apaixonada pelo futebol, artes e cinema.Sua coluna fala de assuntos diversos, como filmes, livros, críticas, dentre outros!